segunda-feira, 22 de junho de 2015

Steak Tartare


Eu sempre achei que o Steak Tartare fosse um prato francês. E aí, dia desses, li que é um prato de origem russa, mas que ganhou notoriedade graças aos franceses. Enfim, nessa briga entre Bonaparte e Sharapova eu não vou me meter.

A verdade é que o Steak Tartare ganhou os paladares carnívoros por esse mundão afora. É uma receita que possui variações, mas o ingrediente principal e elementar é a carne crua cortada em pedacinhos muito pequenos. Um prato com sabor forte devido aos temperos marcantes e à carne crua, e que funciona bem como uma entrada ou prato principal. É servido, normalmente, com uma saladinha e fritas e/ou torradas. Esse da foto, que fiz na última sexta, servi com uma saladinha de agrião e alface freeze roxa, crostatas e torradinhas. Ah, e acompanhado por uma Weiss, a minha preferida. Ornou!

O Steak Tartare é uma experiência que todo mundo deveria fazer. Eu, particularmente, sou louca por ele, então resolvi compartilhar com vocês a minha receita. Segundo as boas línguas que comeram, ficou bem bom. Eu tive que concordar.

O que vai:

500 gramas de filé mignon (ou outra carne de boi bem limpa, sem nervos e sem gordura)
1 cebola roxa grande bem picadinha
2 colheres (sopa) de salsinha picadinha
1 colher (sopa) de cebolete picadinha
2 colheres rasas (sopa) de alcaparra picada
1 colher (sopa) de pepino em conserva bem picado
2 colheres (sopa) de azeite extravirgem
1 colher (sopa) de mostarda Dijon
1 colher (sobremesa) de Katchup
2 colheres (chá) de molho inglês
1 colher (sobremesa) de páprica doce
2 gemas de ovo
Sal e mix de pimenta moída na hora.


Como fazer:

1- "Mise en place"! Sempre. Comece separando os ingredientes, tudo o que for usar na receita. Isso facilita e agiliza muito.


2- Pique a carne em cubinhos beeemmmm miúdos.  Essa é a parte mais demorada da receita e pra quem não tem paciência, a hora de desistir. E por isso, tem gente que faz a receita com carne moída. Mas eu te garanto, não é a mesma coisa! Muda completamente a consistência do prato e o resultado final. Se fosse para ser moída, a receita não diria picada e se fosse mesmo para ser moída, a gente poderia fazer um quibe cru e não um steak tartare. Enfim, cozinhar é curtição, então relaxe, coloque um reagguezão no talo, abra uma cerveja boa, como eu fiz e passe uma hora picando carne em cubinhos de aproximadamente 5 mm.

3- Pique todos os outros ingredientes da receita em cubinhos, tão pequenos quanto a carne.

4- Agora é só pegar um bowl ou uma bacia, ou uma travessa, ou qualquer coisa redonda que couber todos os ingredientes, deixar em banho maria numa vasilha com água e gelo, colocar a carne e todos os outros ingredientes picados junto e misturar bem. Bata as gemas e os demais temperos num lugar separado e junte à carne. Misture bem, de novo. Deixe o sal e a pimenta pro final. Já que os temperos são fortes e o sal vai apenas corrigir o que falta. A pimenta é sempre à gosto do freguês, como lhe apetecer! Por aqui, ela reina.


4- Depois de muito bem misturado, você prova numa torrada e corrige o tempero se necessário.

5- Use um aro de cozinha do tamanho que preferir (como os da foto) para dar forma ao steak tartare e monte um prato bem lindão, com os acompanhamentos que for usar. Afinal, não é bullshit dizer que a gente começa a comer com os olhos. É a mais absoluta verdade. Ver um prato bonito, dá prazer, dá vontade, dá mais fome! 

Agora é só se surpreender com o sabor dessa mistura, que para o meu paladar é inexplicável! Você vai querer fazer de novo, e de novo, e de novo...




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